Conta Plínio o Velho na sua Historia Naturalis que o imperador romano Calígula, posteriormente a ter nomeado o seu cavalo de corrida senador , terá tentado coroar como imperatriz uma grainha de uva de um dos seus cachos predilectos.
Este derradeiro acto de loucura deixou marcas profundas por toda a península itálica, principalmente na cidade de Bolonha, onde o exemplo foi seguido por alguns académicos que se propuseram a criar em todo o espaço europeu «um sistema educativo de graus comparável e facilmente compreensível por todos», em que qualquer maluco pode ser doutor.
Expressão surgida em meados do séc. XVI, quando os avanços da Medicina finalmente permitiram que os
olhos de carneiro mal-morto deixassem de ser usados em transplantes de córnea.
Inicialmente, como nem todos as pessoas eram consideradas gente, a lista de potenciais dadores estava limitada à realeza e nobreza. Assim, não era de estranhar que um par de olhos fosse transmitido de pai para filho, tal como um título nobiliárquico ou o governo de um país, o que, por sua vez, deu origem à expressão «Vê-se bem que tem os olhos do pai/da mãe».
Actualmente, com a crescente democratização da sociedade e o desaparecimento das classes sociais, recorre-se a porcos e vacas, entre outros, para recolher órgãos para transplante.
Os Antigos Egípcios (que sofriam muito de cegueira precoce por estarem sempre a apanhar com grãos de areia nos olhos) desenvolveram uma teoria segundo a qual era possível curar a cegueira recorrendo ao transplante de olhos de carneiro. Nos primeiros ensaios clínicos foram usados olhos de carneiro morto - sem resultados. Os médicos concluiram que estando os olhos mortos, não era possível ver através deles. Como tal, tentaram-se os olhos de carneiro vivo, mas, com os bichos vivos e a espernear, era praticamente impossível conseguir arrancar-lhes os olhos em bom estado. Foi para resolver este problema que o lendário Imhotep Rahmani sugeriu que os olhos fossem arrancados a um carneiro mal morto, por forma a conseguir olhos intactos e ainda vivos.
Diz-se que a mais famosa paciente de Imhotep Rahmani foi Cleópatra, que mais tarde viria a seduzir dois terços do Império Romano com os seus olhos de carneiro mal-morto.

No passado, os chineses costumavam satisfazer as suas necessidades sexuais com gansos. Pouco antes de ejacularem, os homens afundavam a cabeça da ave na água, para poderem sentir os espasmos anais da vítima.
(Esta posta, que nos recorda que a verdade é muito mais estranha que a ficção, encontra-se originalmente no Tira-teimas e foi gentilmente cedida pela autora.)
Exercício usual do Banco Central Europeu, que consiste em aumentar as taxas de juro de referência para o crédito. As consequências deste exercício são duas: rasgados sorrisos por parte dos banqueiros e instituições de crédito (vulgo os gosmas), devido ao aumento das suas margens de lucro; sorrisos psicóticos (daqueles em que se notam pequenos espasmos no lábio inferior) de todos os desgraçados que têm empréstimos para pagar e que já planeiam matar a mãe para receber o seguro de vida.
Uma nova variante da clássica festa de karaoke, agora com strippers masculinos, que, depois de se terem despido, permanecem no palco e pedem aos membros (femininos) mais audazes do público que «subam para aqui e cantem no microfone».
1. Famoso ultimato de Ricardo Coração de Leão à população de Acre, durante um cerco que durou mais de cinco anos ou cerca de meia-hora, dependendo das fontes. Também não é certo que ossos Ricardo pretendia. Poderiam ser os de Santo Pancrácio, que o cruzado julgava erradamente estar enterrado na cidade, ou os de duas vacas que tinham fugido para dentro da cidade e que os sitiados tinham matado e comido, e cujos ossos Ricardo queria para fazer um ossobuco.
Vista da Cidade de Acre
2. Milagre que se deu em Minhotães (frequesia do concelho de Barcelos) e que foi muito injustamente obscurecido pelo milagre do galo cantador. Segundo as crónicas encontradas nos arquivos do Vaticano, estava o Abade de Minhotães a terminar de comer mais um farto ensopado de cabrito, uma voz grave troou no salão, dizendo «[Agora] venham de lá esses ossos!» O Abade, julgando que o Diabo tinha vindo das profundezas do Inferno para o punir pela sua gula, prontamente se levantou espavorido e fugiu a correr, só parando na paróquia de Carapeços a muitas léquas de distância. Um diácono, que acompanhava o Abade no repasto, julgou que a voz vinha do cão de fila do Abade, que tendo visto o dono a refastelar-se com a carne do cabrito, queria ao menos roer os ossos. O diácono limitou-se a atirar uns restos ao cão e continuou, impávido e sereno, a comer e beber, não lhe tendo ocorrido que um cão falante fosse coisa para grandes espantos. O filho da governanta do senhor Abade, coberto por uma velha e pulguenta pele de lobo, quase se desmanchou a rir com a fuga do Abade, mas conseguiu suster a gargalhada e aproveitou para chupar uns ossitos, que naqueles tempos a fome tocava a todos, até aos filhos dos abades.
Ou TMC.
Antigo fuso horário de Jerusalém - duas horas adiantado em relação ao afamado 'traço contínuo de Greenwich' que nos rege - assim apelidado por se crer que foi seguindo essa linha que Maria achou a chucha.
O primeiro registo escrito desta expressão encontra-se nas Crónicas de Maurits van Nassau, de 1639, segundo as quais, as «donzelas licenciosas de Amsterdão - esse poço de iniquidade - adquiriram recentemente o hábito de lamber sabão (zeep likken em Neerlandês) após terem terminado os seus deveres com o cavalheiro, por forma a tirarem da boca aquele olor característico». Mais adiante o autor refere ainda que «em certa parte da cidade, conhecida por Distrito da Candeia Escarlate, mandaram distribuir-se barras de sabão, porquanto havia donzelas que se queixavam que não ganhavam para o sabão».
O segundo registo escrito desta expressão encontra-se numa carta particular enviada a um escudeiro de D. João IV, em que se declara que «nesta cidade do Porto, também deviam as vendedeiras lamber sabão, como noutras partes da Europa, para assim se lavarem o ares que aqui se respiram.»
Especula-se que a expressão terá sido levada para o Porto pelos marinheiros ingleses, que lá iam amiúde devido ao comércio de Vinho do Porto, que por sua vez a terão ouvido aos marinheiros holandeses ao lado dos quais tinham combatido os espanhóis na Guerra dos Oitenta Anos. Também muito se especula sobre a real natureza das «vendedeiras» referidas na carta. Estaria o autor a referir-se àquelas que vendem o prazer, ou às antecessoras das vendedeiras do Bolhão, ou seriam umas e outras as mesmas?
Certo é que a expressão se manteve corrente na cidade do Porto até finais do séc. XIX, pois é sabido que os tripeiros, nas palavras de Eça de Queirós «andam sempre com ele na boca e faziam bem em lavá-las de quando em vez».
Actualmente, o significado desta expressão deriva desta sentença queirosiana e a mesma é usada em tom de ameaça para repreender os petizes que dizem palavrões.