Expressão surgida em meados do séc. XVI, quando os avanços da Medicina finalmente permitiram que os
olhos de carneiro mal-morto deixassem de ser usados em transplantes de córnea.
Inicialmente, como nem todos as pessoas eram consideradas gente, a lista de potenciais dadores estava limitada à realeza e nobreza. Assim, não era de estranhar que um par de olhos fosse transmitido de pai para filho, tal como um título nobiliárquico ou o governo de um país, o que, por sua vez, deu origem à expressão «Vê-se bem que tem os olhos do pai/da mãe».
Actualmente, com a crescente democratização da sociedade e o desaparecimento das classes sociais, recorre-se a porcos e vacas, entre outros, para recolher órgãos para transplante.