Pior do que as epidemias que assaltam constantemente as Meias Laranjas do mundo, pior do que uma moeda recusada por um estacionamento – às vezes mal feito; pior do que uma seringa com o êmbolo estragado, pior do que uma dose ferrada, pior do que ter de empenhar as pratas da avó (Salve, Peste & Sida!), pior do que a Dona Alzira pôr soda cáustica para fazer render o peixe («
to make the fish yield»), pior do que um mundo sem a opinião de um Nuno Rogeiro ou de um Marcelo Rebelo de Sousa, pior do que um aperto de mão a um maneta, é ver o espectáculo horrendo de um
gringa-mate* a entornar o caldo e observar como o caldo se esvai pelas frinchas da calçada e se mistura com o passeio... num lento e derradeiro adeus.
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Pessoa com quem se partilha a seringa - na gíria dos carochos australianos.
Nota: O final poético é da autoria do alter-ego carocho que arruma carros para sustentar este modo de vida que levo (achei mesmo importante dizer isto).