Corria o ano do Senhor de 1147 quando se dá a reconquista da cidade de Scalabis. Afonso Henriques, virginal menino guerreiro – o primeiro, muito antes de Santana Lopes –, numa operação de estratégia militar digna de um Sun Tzu, tomou a cidade de noite. Antes tivesse ficado por aqui.
Henriques, dado à farra católica, não estava preparado para a islâmica, que superava em larga medida (em número e género) a primeira. Disfarçado de eunuco, para não ser reconhecido, Henriques infiltrou-se num harém: isto, claro está, para saber que modas reinavam no seio da cultura infiel. Foi imediatamente abalroado por uma odalisca de 150 kg que o agarrou pela bainha da espada e o pôs em pontas! Enquanto se entregava ao mui pouco católico deleite, terá gritado de prazer o que, por aglutinação, se viria a tornar o nome da cidade: «Oh, Santo harém! Oh, Santo harém!»
Também podia muito bem ser, sim senhor.
Mas cheira-me que tem mais a ver com Sta Iria, padroeira daquelas bandas.
Seja como for, hajam mitos e lendas pra contar!