Dicionário Smart-Esperto

Ultra modum, sine causa.

terça-feira, novembro 21, 2006

Holy Harem – Santarém

Corria o ano do Senhor de 1147 quando se dá a reconquista da cidade de Scalabis. Afonso Henriques, virginal menino guerreiro – o primeiro, muito antes de Santana Lopes –, numa operação de estratégia militar digna de um Sun Tzu, tomou a cidade de noite. Antes tivesse ficado por aqui.
Henriques, dado à farra católica, não estava preparado para a islâmica, que superava em larga medida (em número e género) a primeira. Disfarçado de eunuco, para não ser reconhecido, Henriques infiltrou-se num harém: isto, claro está, para saber que modas reinavam no seio da cultura infiel. Foi imediatamente abalroado por uma odalisca de 150 kg que o agarrou pela bainha da espada e o pôs em pontas! Enquanto se entregava ao mui pouco católico deleite, terá gritado de prazer o que, por aglutinação, se viria a tornar o nome da cidade: «Oh, Santo harém! Oh, Santo harém!»
|| Marcaquinho do Chinês, 19:42 || link || (3) comments |

Clean the tallow - Limpar o sebo

Expressão que nos chega por via latina (purgo sebus) e que foi cunhada pelo próprio Júlio César, imperador de Roma.
Consta que nas suas campanhas contra os Gauleses, o poderoso exército romano bastas vezes se deparou com soldados inimigos tão sebosos, mas tão sebosos, que o fiel pilum resvalava na sua pele untuosa, salvando-lhes a vida. Mesmo depois de capturados e agrilhoados, esses guerreiros recorriam ao seu revestimento de sebo para se desenvencilharem das grilhetas e fugirem, quais enguias lustrosas cobertas banha.
Ciente de que tal situação era intolerável, Júlio César, num discurso inflamado às suas tropas imediatamente antes da Batalha de Saindoux, exigiu clamorosamente: «Matem-nos a todos! Limpem-lhes o sebo!!!»
|| myguiltyself, 16:24 || link || (0) comments |

sábado, novembro 18, 2006

Feng Shui - Fengchulé

A arte de equilibrar harmoniosamente o odor emanado pelos quatro pontos cardeais do corpo humano: os pés, os sovacos, a boca e as partes baixas.
Assim, devem ser respeitados alguns preceitos básicos para manter o corpo e o espírito em uníssono com o fedor.
Por exemplo:
- o hálito a alho deve ser contrabalançado com suaves traques de feijoada;
- a catinga deve ser complementada com chulé de galochas;
- o subtil sovaco de cebolada deve ser equilibrado com bafo de aguardente;
- o bedum deve ser harmonizado com um creme calicida mentolado
- etc.
|| myguiltyself, 19:29 || link || (0) comments |

sexta-feira, novembro 17, 2006

To go to uncle to uncle - Andar ao tio ao tio

Diz-se daqueles que, da costa do Pacífico à costa do Atlântico, respondem ao chamamento do Tio Sam e, patrioticamente, vão por esse mundo fora rebentar com os países dos outros.
|| myguiltyself, 12:25 || link || (0) comments |

quinta-feira, novembro 16, 2006

There goes garlic! - Lá vai alho!

1. Método utilizado pelos mancebos portugueses para escapar à mobilização, aquando da 1ª Guerra Mundial. Consistia na introdução de um (ou mais) dente de alho (allium sativum) no orifício anal, com o intuito de causar febres.

2. Táctica de «guerra suja», usada também na 1ª Grande Guerra, curiosamente pelos franceses, dada a sua predilecção pelo bolbo desta planta, e que consistia na mastigação e ingestão de copiosas quantidades de alho, com o objectivo de intimidar as tropas inimigas e assim prevenir o seu avanço na guerra de trincheiras.
|| John Dough, 22:15 || link || (3) comments |

terça-feira, novembro 14, 2006

Thinking is how Donkey died - A pensar morreu um Burro

Pequena lição do Budismo Zen, cujo significado exacto é inexprimível, mas que remete claramente para a seguinte parábola:
Estava um aspirante monge budista, de seu nome Burro-Em-Pé, a meditar, esvaziando a sua mente de todos os pensamentos, quando o seu venerável mestre, Gafanhoto-Do-Faroeste, espirrou com bastante violência, salpicando o jovem aprendiz de ranho e perdigotos.
Como esta era já a terceira vez nessa manhã que tal sucedia, Burro-Em-Pé não se conteve e pensou: «Raisparta o velho! Bem podia pôr a mão à frente!»
Nesse preciso momento, um pedregulho que rolava montanha abaixo esmigalhou Burro-Em-Pé, deixando Gafanhoto-Do-Faroeste ileso e absorto na sua completa ausência de pensamentos.
|| myguiltyself, 15:08 || link || (0) comments |

segunda-feira, novembro 13, 2006

Woof woof woof, sparrows to the nest - Béu béu béu, pardais ao ninho

Joseph Littlepeople, caseiro dos Churchill e amigo de todas as pequenas criaturas, atiçava os cães com esta frase para que espantassem os pardais antes das caçadas de domingo, inconformado com o destino cruel que os pobres bichinhos sofriam pelos fins recreativos do patrão.
|| napalmneto, 17:47 || link || (0) comments |

sábado, novembro 11, 2006

Foot-water - Água-pé

Muito apreciado entre os foot soldiers, ou a infantaria, ou seja, os soldados que andam à pata, que as deixavam a marinar durante os meses quentes e, no Inverno, desfrutavam das suas virtudes curativas.
Diz-se também da beberragem que esta surtia efeito reforçado quando preparada com uma variedade de peúgas ostentando um par de raquetes de ténis cruzadas.
|| napalmneto, 16:13 || link || (1) comments |

domingo, novembro 05, 2006

Bones of the office - Ossos do ofício

Restos mortais dos valorosos membros (sem trocadilho) da força de trabalho, que não têm medo de fazer horas ao domingo a troco de uma bagatela, depositados normalmente por trás da máquina de chocolates.
Sal, antigo patrão de Tom Waits na «Napoleone's Pizza House», conta que foi esse período da vida do jovem artista que inspirou a composição do álbum Bone Machine.
|| napalmneto, 09:57 || link || (0) comments |
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